Bem vindos à experiência do turismo comunitário!

O turismo é uma atividade privada e um mundo de negócios onde geralmente quem dá as cartas é o poder econômico. Mas desde que o Ministério do Turismo criou o turismo comunitário apoiando estas iniciativas, várias ações aconteceram em todo o país. A experiência na comunidade Santa Marta fo possível graças à pacificação e a este apoio do governo Lula e do novo enfoque criado pelo ministério do turismo com o programa de turismo comunitário



quinta-feira, 1 de setembro de 2011


Fizemos um  ano com muitos desafios, é como se ainda estivéssemos começando, mas muita coisa
já avançou desde agosto de 2010. O principal foi abrir a mentalidade das pessoas para algo além da UPP, mostrar que pacificado, o morro pode ser o que é, as pessoas podem interagir com quem mora "no asfalto" e podem viver sim do turismo ou do empreendedorismo. Claro que dentro de um universo de mais de cem comerciantes e de tantos artistas espalhados pelo morro, não se pode agradar a todos, nem todos estão dispostos ou preparados. Mas vamos olhar para os que querem fazer alguma coisa, que têm vontade de mudar esse olhar estereotipado que havia antes.  Essa é a meta e a vontade que o projeto tem agora, de estimular os  moradores a serem donos de seus negócios e terem uma visão que saia do próprio umbigo e que os limite a ficarem confinados no morro sem contato com o resto da cidade. Quem sabe vai ser o começo do fim da cidade partida, se a moda pega... Eu continuo observando e atuando ao mesmo tempo, ouvindo sempre os moradores. É com eles e para eles que o projeto se faz.
Vida longa para o novo ponto de vista!

domingo, 24 de julho de 2011

O método: como fazer o rio top tour na favela?

Mas em que consiste o Rio Top Tour como um projeto diferente do que se pratifca no mercado do turismo? Consiste em uma abordagem que valorize a cultura e produza uma auto-estima no morador da favela, ou comunidade, como queiram. Não é uma ação de fora para dentro, onde quem vem de fora manda em quem está dentro. Ou para complicfar mais um pouco, onde só quem está dentro é que dita as regras. É um manifesto pela integração, pela mistura entre experiências do asfalto e morro sendo que depois da chegada do projeto, os moradores têm que estar prontos a discutir o que querem de igual para igual. Sem vítimas nem vencedores. Nem o turismo explora o favelado nem o favelado explora o gringo, falando dentro da linguagem que o preconceito gosta de usar. O que existe em meio a tanta desigualdade, a tantos anos que distanciam os moradores de seus turistas é a diversidade cultural, a identidade que ainda marca cada pedaço de morro desta cidade. Pois uma favela da zona sul não é igual a outra do mesmo bairro ou a outra da zona norte, ou da zona oeste. Essa diversidade está na fala de seus moradores, nos hábitos e não se pretende com este projeto igualar os discursos e as experiências. Desta forma, o Rio Top Tour é difícil e é um desafio porque mexe justamente com aquilo que é cada comunidade, e não com aquilo que os grupos políticos organizados internamente dentro de cada uma dizem que elas são. Por este motivo é mais difícil encontrar a verdadeira essência. E como a verdade é algo que só se alcança quando se encontra não será um folheto, uma ação política de grupos que queiram "controlar" localmente esse movimento que vão dar a ele a "verdadeira verdade", como diria o reggae do grupo Cidade Negra.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Uma nova fase: a expansão para outras favelas

Uma reportagem publicada pelo jornal Extra no início deste mês extra.globo.com/.../o-turismo-que-sobe-os-morros-pacificados-do-rio- 1925464.html dá a dimensão de como o projeto pode ser importante para produzir um novo momento nos morros que começam a ser pacificados. Dependemos apenas que o Ministério do Turismo cumpra o prometido e deposite a verba,o que até hoje não aconteceu e agora, com escândalos na pasta, fica claro que projetos sérios como o nosso não tiveram até agora a liberação de recursos prometidos liberados. Essa é a minha opinião, como cidadã, e não da secretaria de esportes e como o blog é pessoal, posso dizer aqui o que penso e sinto sem meias palavras.

sábado, 28 de maio de 2011

Os primeiros contatos com moradores

Todo o processo de negociação com os moradores se baseou em reuniões, sem oferecer nada em troca que não fosse a informação sobre a nova proposta. Não foi oferecida qualquer remuneração nem bolsa porque o projeto não tinha esse tipo de viés. Isso foi o maior desafio porque assim que coloquei os meus pés no Santa Marta ouvi que não conseguiria nada, ou muita coisa, porque as pessoas só entram quando recebem algo financeiramente falando em troca. Mesmo assim, começamos,ora com mais interessados, ora com menos e fomos levando a nossa mensagem que parecia "do outro mundo" para os moradores: esse projeto não é nosso ele é de vocês!
Com o fim do projeto piloto essa verdade se consolida cada vez mais porque nunca antes na história do morro o turismo envolveu moradores e visitantes ( os turistas, como quisereem) de forma tão misturada. Nada disso teria sido possível se não existisse o projeto de pacificação em curso. Ele nos deu a paz necessária para chegar e para o visitante resolver procurar a favela, e agora encontrar um novo olhar.